A letter from Aug 9th, 2021

Time Travelled — 3 months

Peaceful right?

ei, eu do futuro! hoje eu escutei um podcast sobre autocompaixão e pensei bastente sobre o exercício proposto pela host, sobre escrever uma carta para si mesma se perdoando e demonstrando autocompaixão. isso me lembrou bastante que, na minha última carta pra você, eu te enchi de expectativas... pra variar. sendo honesta, eu não consigo perdoar nossa Eu Do Passado, e tenho aversão a nossa Eu Atual. levando em conta o momento de nossa vida, sei que não devo esperar mudanças no macrocosmos, mas algumas mudanças no microcosmos talvez... quem sabe, né? então, deixa eu te falar. eu não sou compreensiva comigo mesma - sei que consigo ser com os outros, mas comigo... nossa, definitivamente não. mas eu estou tentando, eu juro que estou tentando. é difícil, eu olho para nossos problemas com tanto ódio, olho para nossos erros com tanto ódio, olho para nosso Eu com tanta repulsa... é sempre esse sentimento de querer cessar a nossa existência, e é sufocante. mas eu seguro, eu aguento, eu respiro fundo (tomo remédios, dou umas surtadas etc, aquele nosso básico né) e tento pensar que vai ser uma fase. até quando essa fase vai durar eu não sei, mas eu espero que você saiba. me desculpa, já joguei uma expectativa em você, e essa nem era a minha intenção! bom, vamos lá. agora pra valer. eu não perdoei nosso eu do passado, e continuo jogando nela a culpa por tudo que dá errado na nossa vida. mas eu aceito os sentimentos. eu aceito os seus sentimentos, eu sei que nesse momento posso estar cometendo erros, mas eu estou acolhendo qualquer sentimento que surge. eu não estou ignorando a nossa sombra, eu estou olhando diretamente para ela, por mais desconfortável que ela seja. eu reconheci vários aspectos dela e estou me esforçando muito para lidar com cada um deles... não de uma vez, até por que estou nessa jornada de auto conhecimento e redenção de forma solitária, tal qual um eremita. a autocompaixão soa como algo complexo, então resolvi dar uma pequena fragmentada, nos famigerados baby steps. estou tentando entender os gatilhos que causam as oscilações de humor, estou tentando aceitar os momentos que não tenho força para levantar da cama (e me parabenizando sempre por fazer isso), entou tentando entender que as vezes vou ter picos de serotonina e querer fazer várias coisas e que em outras vezes não vou conseguir nem lavar o rosto ou escovar os dentes. estou tentando entender que o fato de eu não ter desistido do trabalho, mesmo sentindo que é uma tortura diária pois o meu psicológico está sempre no limite, é algo a ser considerado!! pois quer dizer que, no fundo, ainda tenho uma forçinha que me impulsiona a me esforçar... sabe, até a caminhadinha idiota pelo quarto enquanto leio algumas páginas (ou fico vendo alguma rede social) já é algo que beneficia, pois estou me movimentando! ou quando resolvo comer alguma coisa, mesmo que aquela voz na cabeça fala que é errado e que não mereço comer, e realmente como, é algo bom pois estou respeitando o que meu corpo me pede, estou tentando ouvir a voz dele ao invés daquela voz na cabeça. enfim... tudo isso que estou tentando fazer é com o objetivo de que você leia essa carta no futuro. não tenho coragem de colocar um futuro muito distante no destinatário, mas eu espero de coração poder ler essa carta. e se você não estiver fazendo mais o que falei acima, se tiver melhorado ou piorado, está tudo bem! qualquer esforço, por mínimo que seja, é um esforço e é válido. espero que você esteja viva. ainda não te amo, mas pretendo.

Epilogue

3 months later

oi, eu do passado!

sim, estou viva. eu gostaria muito de poder te dizer que as coisas melhoraram... assim, não é que não melhoraram. o embrulho, o...

Ueq mna,ien auiq eis de remeps eortnd? ieojt opouc, o ehouolmr eorntd iuaq otrxeen ád noã aiporr ams mu asm cone,teca mu.
.
O o!elmrh írdenosm od gtnee nu?tjo rmtopsio mu e que a oovn ebsa ovei a epegrmo cseuugion sam. Obsre tqauno rsmeuaqoí odneedrp, onã a o rpered rmof,a ovsláfmaa rómi?ame cmoo mtgraíossao oemsats euq ercta de rmlaeb sma. .
.
Aausglm omeehlsr la,egr de ostãe orafm snohiacis ms,a ism. Eepmgor oaarg mu e epitraa msa o ploe apga qeu lheorm amsi somne nã(o sfozeam ano,gti ,oemhrl) nalmase é bme. Naadi oimtu snosos mua coom nitdicâsa raoccol sem e,us"" gacremo anhratcis pesst sprmxioó de etsuo dnnmoada ams ssed:i arpa empto ed ocvê aidna g,aoln byab. Esse apnol um a" epol golon ia airpómx a drnosrpee ctara a oclpógsai npola ssnoa msneo aerzf anoss poeitmr r,pz"ao ráse: e euq paar. Ãon soa dnaia esi ams 92 ál arodnic rimco es ouqre acrgeh éta aestm anos, ovu.
.
.
A,h aroztiusnhii a bosot taonisr rop nqpeseua abgiaord mrhuo naoiidic tre e teatrn on earzf rad iráoisd b:os mu arpa. Mu eorpsri oãn oãd nirante ,btoso imeo nouohuiqp rgurea b,aes mcoo eqelua on um msa jdaaum ad. Mas gconuise sadlza,ide emratro (eeeapt)ntmrnae mua dei.
.
Ãon o,apsads msa cvoê earfz pro euq a iears tnteuo ous que oãn as esi uqe vchaaa nqudao vêoc acpza e,mb on toasd sáet aí osiacs agtra coêv mesmo. Cêov euq e erbeperc sosi serepo paar eu cpzaa, é tehan êvco smi )eu( etpom.
.
Rcnaho,i cmo t otdo.

This user has written an update to this letter.To see what they wrote, please


Load more comments

Sign in to FutureMe

or use your email address

Don't know your password? Sign in with an email link instead.

By signing in to FutureMe you agree to the Terms of use.

Create an account

or use your email address

You will receive a confirmation email

By signing in to FutureMe you agree to the Terms of use.

Share this FutureMe letter

Copy the link to your clipboard:

Or share directly via social media:

Why is this inappropriate?